sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hoje eu queria alguém que me dissesse que eu não precisava me preocupar. — Caio Fernando Abreu.
Hoje eu queria alguém que me dissesse que eu não precisava me preocupar.


"o amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. amor, que é amor, dura a vida inteira. se não durou é porque nunca foi amor. o amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. sem perdão não há amor. diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou. o amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: “mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto”. o amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração os quais sozinhos jamais poderíamos enxergar. o poeta soube traduzir bem quando disse: “se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!” bonito isso. enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. eu possuía e não sabia. o outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha."

“Já tenho dezessete anos, quase dezoito, e nenhuma vergonha na cara, nenhum amigo, só esta tontura seca de estar começando a viver, um monte de coisas que eu não entendo, todas as manhãs, para todo o sempre, amém.” (CFA)
“Já tenho dezessete anos, quase dezoito, e nenhuma vergonha na cara, nenhum amigo, só esta tontura seca de estar começando a viver, um monte de coisas que eu não entendo, todas as manhãs, para todo o sempre, amém.” 
Fui vivendo minha vida de maneira tão solitária, conquistando minhas coisas tão no braço, tão sempre sem nada, que aprendi a ter uma enorme admiração por mim mesmo. — Caio Fernando Abreu. 
Fui vivendo minha vida de maneira tão solitária, conquistando minhas coisas tão no braço, tão sempre sem nada, que aprendi a ter uma enorme admiração por mim mesmo. 
Frente ao espelho, é com recato que traço meus longos cabelos, enquanto a ponta de meus frágeis dedos de unhas curtas, às vezes roídas, acaricia o roxo das olheiras, herança de solitárias insônias. Depois busco um lugar junto à janela, pouso o rosto sobre uma das mãos e com a outra vou traçando riscos tristes pelas vidraças sempre embaçadas, por vezes grafo nomes de lugares e gentes que nunca conhecerei. (CFA)
Frente ao espelho, é com recato que traço meus longos cabelos, enquanto a ponta de meus frágeis dedos de unhas curtas, às vezes roídas, acaricia o roxo das olheiras, herança de solitárias insônias. Depois busco um lugar junto à janela, pouso o rosto sobre uma das mãos e com a outra vou traçando riscos tristes pelas vidraças sempre embaçadas, por vezes grafo nomes de lugares e gentes que nunca conhecerei. (CFA)